Assistimos a Deadpool & Wolverine, o 3º longa do mercenário falastrão nos cinemas desta vez produzido pela Marvel Studios!
E antes de começar o nosso review e crítica, para já pôr todos vocês em completo alinhamento de expectativas quanto ao filme, acho válido informar algo muito importante e deixarei claro aqui que sim, este é um Filme do Deadpool. Wolverine é um grande coadjuvante de luxo nesta aventura, porém, o mercenário é o astro principal do “show” e vamos ver sob a visão dele e interesses dele todo o desenrolar da trama.
Dito isso, vamos ao nosso review!
Em sua terceira aventura nas telonas, o personagem traz novamente um foco mais “pessoal” para a trama principal. Conforme vimos nos 2 filmes anteriores, Deadpool não tem pretensões de ser grandioso como um “Vingadores”. Ainda que ele tenha vontade de fazer parte de um time como este, ele se mantém mais contido neste sentido como os seus antecessores e novamente vamos ver a busca do personagem para proteger seu próprio mundo!
Por mais que em seus trailers ele deixe claro que ele estaria vindo como um “Messias“, ou como ele se autointitula, o “Jesus da Marvel”, isso como eu já citei na introdução deste review, é mais uma das ideias e paródias ou vontades loucas do protagonista do que realmente para onde o filme acaba se direcionando.
Ainda que o longa aposte um roteiro simples, o que pode incomodar muita gente que esperava mais, a simplicidade não significa necessariamente algo ruim, pois a narrativa é bem competente em sua simplicidade, colocando o personagem principal e seu parceiro nesta viagem em uma aventura linear e honesta, se apoiando principalmente no carisma gigantesco de Ryan Reynolds e Hugh Jackman e a sua real e grande amizade longe das telas.
E a dupla realmente esbanja carisma. Ryan Reynolds traz novamente toda a força da natureza descontrolada que é seu Deadpool, aqui agora ainda mais “sem freios” por ter a liberdade de fazer referências a tudo e a todos do universo Marvel sem restrições, o que rendem excelentes diálogos e momentos hilários, desde a abertura do longa, até o fim dos créditos!
E o que falar de seu contraponto, e aqui, “companheiro” nesta aventura, que pra mim é a melhor versão de Wolverine já apresentada nos cinemas. Isso se deve ao fato dele trazer uma versão muito mais próxima do que eu lia nas antigas páginas dos quadrinhos. O que faz sentido e é compreensível, o motivo que o ator Hugh Jackman teve para retornar ao personagem após seu desfecho emocionante em “Logan“: A motivação por apresentar uma face do personagem que até então não tinha tido espaço nas telonas.
Um Logan mais atormentado bem mais introspectivo com seus demônios internos, de fala curta e sem muita paciência, e um Wolverine bem mais físico, pronto pra fazer o que ele mesmo sempre diz que faz e é o melhor no que faz, que é na hora da pancadaria franca!
E neste quesito, o filme tem cenas excelentes de lutas muito bem elaboradas, coreografadas, brutas e francas, pois são dois personagens que têm esta característica em seu modo de agir, e ambos são “forças da natureza” em direção a uma colisão iminente por estarem trocando farpas o tempo todo, como um clássico filme de “bad cop” com um “road movie“!
Ao longo de seus 120 minutos de duração, o filme é dirigido de forma bem competente por Shawn Levy, que ainda co-assina o roteiro ao lado de Ryan Reynolds e mais Wendy Molyneux, Zeb Wells, Rhett Reese, Paul Wernick, Lizzie Molyneux.
Trailer Legendado
Trailer Dublado
No final das contas, Deadpool & Wolverine entrega o que os fãs dos personagens queriam ver. Com mais liberdade para falar sobre questões internas da Marvel Studios e da aquisição da Fox pela Disney, o personagem proporciona diversas piadas e menções às fases mais recentes do estúdio, incluindo a chamada “saga do Multiverso”, que não anda bem das pernas.
Ao mesmo tempo, o longa também serve como uma grande homenagem ao legado que os filmes da Fox, através da 20th Century Studios, proporcionaram desde o final dos anos 90.