A nova serie da já incrível parceria Marvel/Netflix e um sucesso com certeza, mas, nem tudo “amarelo”, é considerado ouro, e assim Luke Cage gerou algumas ressalvas, nada que desabone a serie, mas acho que poderia ser, e tinha potencial para ser bem melhor.
A serie e muito bem ambientada e com uma trilha sonora EXCELENTE, recheada de muito Jazz, Soul, R&B e claro, Hip Hop, que dão o tom, fazem o clima e dão o ritmo a série. Vale ressaltar inclusive, a participação do Method Man, cantando uma música exclusiva para a série.
As séries da Marvel na Netflix, acertam sempre na sua cronologia, ligando os fatos e acontecimentos, tanto com o seu universo cinematográfico quanto entre suas séries. É justo dizer que esta é a série da Marvel/ Netflix, que mais faz uso e referencias de ligações aos filmes da casa das ideias, sendo assim, uma das séries mais recheadas de referências e easter eggs até o momento, fiquem ligados.
Pra se ver esta integração entre as séries, podemos até dizer que, Rosario Dawson, a enfermeira, que ta mais para uma genial e excelente médica, Claire Temple, esta para Marvel/Netflix, como Wolverine no universo Marvel nos quadrinhos, tem que aparecer sempre rsrsrs! Bom, desta forma, se mostrando um ponto forte e como elo de ligação entre as séries da Netflix, pois vale lembrar que, ela já foi confirmada à aparecer em todas elas.
Já que falamos de referencias e easter eggs, e que, esta é, sem dúvida, a série que mais faz isso, e faz bem, sem exageros, e colocando tantos os easter eggs quanto os fan services, muito bem pontuados e com relevância e integração à trama ou a história, nada jogado somente para cumprir tabela, muito pelo contrário. Até os visuais clássicos de personagens estão lá, sutis e de forma realmente integrada, mas que rendem uma sincera e merecida homenagem a obra original das páginas das HQs.
Os personagens, começando lógico com o protagonista,Luke Cage, bem, ele é o Luke Cage que conhecemos dos HQs né, o Poderoso, ou Power- Man, o gigante forte e invulnerável, mas também, justo, integro e meio gentil e caladão, muito bem interpretado por Mike Colter. O personagem que já havia feito uma aparição muito boa em Jessica Jones, e em sua série solo, ele segue os mesmos passos, sendo bastante fiel em sua maioria, a origem do personagem dos HQs, com algumas pontuais diferenças, mas que não alteram em nada o centro da historia do cara que foi preso injustamente e para reduzir sua pena, participa de uma experiência na prisão, que dá errado, ou, deu muito certo né!
A forte e obstinada detetive Misty Knight, interpretada por Simone Missick, é outro excelente ponto alto da série, com grande participação e muita relevância para o desenrolar da historia. É mais uma excelente personagem feminina e igualmente forte e de presença como a enfermeira Claire Temple(Rosario Dawson), e que, quem conhece a personagem nas páginas das HQs, sabe o que podemos esperar dela nas próximas temporadas de Luke Cage, e até, quem sabe uma série futura dela!
Já no time de vilões, o verdadeiro destaque a ser mencionado é, sem dúvida a dupla, com maior relevância para Boca de Algodão (Cottonmouth), interpretado por Mahershala Ali, e a sua prima a Senadora Mariah Dillard, vivida pela excelente atriz Alfre Woodard, que desempenham excelentes momentos de seus personagens na série.
Já outro ponto interessante, fica por conta do vilão Cascavel, interpretado pelo ator Erik LaRay Harvey. Vilão clássico, cheio de trejeitos e manias, por vezes exagerado demais, mas, completamente insano e perigoso, sendo uma real ameaça ao protagonista, com planos destrutivos e ardilosos para por ao chão o status de herói que o povo do Harley deu a Luke Cage.
A serie vem num ritmo alucinante que te prende muito e não te deixa dormir, querendo saber o que vai acontecer no próximo episódio, ate, mais ou menos, o episódio 8 . A partir dai, a serie tem uma leve caída de ritmo e começa a fica arrastada, caindo um pouco a espectativa de manter o interesse na continuidade da trama, mas segue ate o ultimo episódio, onde, como de costume em qualquer produção, espera-se por um grande clímax, em um inevitável embate entre os principais elementos da trama, o esperado embate entre protagonista e antagonista, mas a luta e apenas legal.
Entenda, não se esperava nada ÉPICO, mas que , novamente, tinha imenso potencial, para ser bem melhor, e deixar o clímax da série em um nível de se fechar com a grande chave dourada, porém, não foi o caso, o que se viu foi algo normal e simples, que eu considero bem menos do que o embate de Demolidor, ao final, da 1º temporada, contra Wilson Fisk, o Rei do Crime. Algo da mesma intensidade e relevância seria totalmente aceitável, podendo até exagerar um pouco ainda, devido o protagonista Luke ter seus super poderes maiores do que o do Doemolidor e mais ” arrasa quarteirões”.
A prezar de seus problemas de ritmo, a trama de Luke Cage, é bem legal, o clima e o tom da série são excelentes, trazendo as dificuldades e os costumes do Harley, e mostrando o porque, Luke Cage foi o 1º herói negro a fazer um grande sucesso e vir a ter o seu próprio HQ, e agora, se tornando mais uma excelente série fruto da parceria Marvel e Netflix, que temos e muito que agradecer como fãs pelo excelente trabalho em levar estes personagens de forma magistral para as telinhas.
E agora, nos resta esperar e torcer por Punho de Ferro(Iron First), que será a nova série desta leva dos primeiros 5 títulos da parceria, que estreia dia 17 de março.
“Ate la…….Vamos tomar um cafe………”