Ao contrário do personagem principal, sim, eu gostaria de voltar ao mundo de Jogador Nº 1.
Essa é uma referência que você só entenderá ao terminar de ler o livro e vai ficar com a mesma sensação de: eu quero voltar.
UMA MISTURA ENTRE PASSADO E FUTURO
Se você viveu entre os anos de 1980 e 1990 esse livro vai te fazer voltar no tempo com o grande volume de referências a música pop, tv, cinema, livros, desenhos e quadrinhos da época. Mas não só a cultura estadunidense, a japonesa está presente lá também. Sério, se você viveu naquele tempo, sua nostalgia vai bater forte.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Em um futuro distópico de 2044 a terra passou por uma grande crise de energia e combustível. Destruição e pobreza assolaram o mundo de uma maneira arrasadora. Para evitar que as pessoas ficassem muito tempo em contato com a poluição e para economizar recursos, foi criado o OASIS, um sistema de realidade virtual em que o usuário pode estudar, trabalhar e interagir com outras pessoas (algo parecido com o Second Life, só que muito melhor).
Um vídeo foi lançado no sistema após a morte do milionário e criador do OASIS, James Halliday. Nele um jogo é proposto para todos os usuários: achar um “Easter Egg” (ou um ovo, como é descrito no livro) que foi escondido dentro desse mundo virtual. A recompensa? Toda a fortuna de Halliday (Se você achou essa trama parecida com A Fantástica Fábrica de Chocolate, não se enganou, ela é mais uma referência aos filmes da época).
E é aí que surgem os personagens centrais da história: Wade Watts (Parzival), Aech, Art3mis, Daito e Shoto. Eles e todos os usuários do OASIS partem em uma jornada épica em busca do grande tesouro. Só que o desafio não é fácil e para se tornar o Jogador Nº 1, eles precisarão encontrar 3 chaves e passar por 3 portões que levam a localização do objeto.
Para saber como chegar ao objetivo Wade/Parzival e seus amigos precisarão buscar referências da epóca em que Halliday viveu e pesquisar tudo o que ele gostava em leitura, na televisão e até o que ele comia, para entender quais são as dicas e onde entrar as chaves.
Mas além de competir com todos os habitantes do OASIS, eles terão que enfrentar a IOI – Uma empresa que quer tomar o controle do sistema virtual, que é gratuito para se navegar e que você só paga o que consome lá dentro (tá pensando o quê? alguém tem que ganhar dinheiro de alguma forma), e acabar com a privacidade de navegação e a gratuidade de acesso.
Ou seja, além de queimar neurônios para decifrar os enigmas de Halliday, Parzival e companhia terão que lutar contra uma grande empresa que quer tirar o único momento de lazer que as pessoas ainda tem.
PARA QUEM CHEGOU NO MUNDO AGORA
E para você, caro jovem companheiro de batalha, não significa que não vás aproveitar o livro. Sendo um bom nerd, use essa tecnologia do seu tempo chamada google, anote o que não entendeu e procure conhecer as referências daquela época que, com certeza, e vai descobrir que muito do que existe hoje foi muito baseado na cultura daquele tempo.
Eu descobri muita coisa interessante que eram anteriores a minha existência, revirando arquivos do passado. Conheci bandas, filmes, livros e muitas outras coisas tão divertidas quanto as que existiam quando eu era moleque.
Então, ao se aventurar pelo “OASIS“, pode ser que você ache alguma coisa do passado com o que vai se identificar agora.
PARTINDO PRO FINAL
O irado, para mim, foi a batalha perto do fim do livro e é o que eu mais quero ver no filme. Sim, haverá um filme de Jogador Nº 1. Assim que o autor terminou o livro, ele assinou um contrato com a Warner Bros para levar o livro para as telonas com direção de Steven Spielberg e data de lançamento para 2017.
Voltando à batalha, ela é um imenso crossover entre vários elementos da cultura pop dos anos 80 e 90 e é épica. Confesso que me emocionei por imaginar tudo aquilo junto em uma só cena. Espero que consigam todos os direitos de tudo aquilo que foi mencionado ali, o que vai ser complicado, mas não impossível. Se você espera que o crossover do batman com o superman nas telas, eu espero o crossover de tudo o que tem nesse livro. Uma pena eu não poder mencionar nada para não estragar as descobertas.
Não tem como não querer voltar ao mundo desse livro. É como querer acessar o OASIS novamente junto com o personagem e a sensação de quero mais é muito forte ao final.